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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Homem e a técnica

Pouco antes de dormir, parei e refleti sobre a sociedade “técnica” na qual vivemos.

A partir do momento em que viemos ao mundo, temos de nos adaptar e seguir regras impostas por nós mesmos – não infringi-las é uma missão que assumimos a partir do nascimento.

Sem tempo para o tempo. Já estamos acostumados a dizer que não temos mais tempo. O corre-corre é fato na maioria das famílias. Deixar de viver a essência da vida é algo que a cada dia se torna constante. Estamos nos tornando máquinas. Seguir os padrões da sociedade não é tarefa fácil, já que estamos sujeitos a rotulações e rejeições. Para os que não aceitam as régras só resta uma saída, aceitarem a condição de que são loucos impostas pelos seres humanos que se dizem normais por seguirem imposições da maioria.

O filósofo Michel Foucault apresenta no texto, (Saber e pode: condições de possibilidade do surgimento das ciências humanas no século XX), idéias de que somos todos regidos por “um”, sendo sistema, chefia, ou uma padronização aonde as pessoas vão perdendo suas habilidades com o passar dos tempos, diante os métodos de trabalho que adotamos na sociedade.

Logo nos tornamos técnicos por não pensar; executamos o que nos ensinam e o que nos é exigido, praticamente inexististe a vontade de buscar o conhecimento - assim, nos tornamos marionetes de quaisquer os meios de controle da sociedade.

É impossível entrarmos na sociedade sem seguir a determinadas regras, tudo bem. O que não podemos deixar de fazer é buscar cada um o seu espaço, mesmo que dependa da “técnica”, sobretudo precisamos viver cada um com suas peculiaridades.

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