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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Artifícios de um Jornalista


Um olhar sobre a ética das câmeras ocultas em videoreportagens
(Por: João Vitor Korc e Edilene Grahl)

Em pleno século XXI a importância de divulgar-mos informações relevantes aumenta, criam-se novas formas de tratar a investigação de jornalística. Porém o que se perceber na montagem do programa “Profissão Repórter” da TV Globo é que muitas vezes acaba ultrapassando alguns limites, os riscos.
Sem se ater a quesitos como segurança e imparcialidade o programa expõe profissionais recém formados a desenvolver fazer o “trabalho da polícia”, investigando denúncias muitas delas anônimas e até mesmo irresponsáveis.
A pauta sempre relevante e de interesse do público busca diferentes angulações, bastidores antes não conhecidos dentro da profissão de repórter, mas que algumas vezes acabam forçando a barra em determinadas investigações.

No programa exibido no dia sete de agosto em sala de aula, assistimos ao programa que retrata a vida das parteiras no Norte do Brasil e fica evidente na finalização da matéria uma frase muito “pesada” quando a repórter diz; “não conseguimos fazer a imagem da criança morta no caixão”. Realmente não havia a necessidade de realizar a imagem da criança morta, já que o real interesse do Jornalista não é chocar e sim ser imparcial, apenas divulgando as informações.
Segundo o livro Oficina de Telejornalismo de Antônio Brasil, denota-se que o vídeojornalismo pode mostrar somente as “curiosidades” do mundo, mas também pode revelar a verdadeira face de diversas comunidades que desejam denunciar seus problemas com a ajuda de jornalistas, só que de maneira segura e responsável.

Muitas vezes, alguns profissionais do meio jornalístico são forçados a usar mecanismos que a muitos não agrada. Câmeras escondidas podem trazer na hora de abordar determinados personagens durante a produção das matérias. Expondo-se e pondo sua vida em risco.As câmeras ocultas concedem ao profissional dois extremos, fama, dinheiro e prestigio social e em troca ela exige pôr sua segurança em risco. Será que vale a pena expor a família, e inclusive a própria vida? Exemplo disso, Tim Lopes um dos jornalistas mais respeitados do Brasil foi localizado morto quando investigava uma denúncia sobre menores explorados sexualmente em bailes funks em uma favela carioca. Nem a fama, nem o dinheiro poderão devolver toda a capacidade do tremendo profissional reconhecido com o Prêmio Esso de Telejornalismo.