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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ela na praia

Manhã ensolarada de domingo, a tranqüilidade daquela praia era um convite a reflexão. E foi sentado na areia daquela bahia que uma cena me chamou atenção por algumas horas.

Ela é escura, ela é tomada por formas geométricas, é pequena e delicada. Durante o tempo em que estive observando, algumas pessoas por ela passaram, mas ninguém a reparava. Ela tentava se firmar na areia escaldante que a água do mar banhava. Brigava incansavelmente com as ondas, que insistiam em jogá-la de um lado a outro, era um balé da natureza.

Ali sentado eu imaginava que com a próxima onda ela seria levada pelo mar. O tempo passava e ela continuava por ali, era forte e insistente.

Era ela a menos preocupada com o tempo, com o calor, ela queria mais, é estar ali, afinal ela não tinha compromissos, ela não precisaria estar em outro lugar, se não ali. Estava ali por estar, era seu destino, por que nada é melhor do “estar” sem preocupações, sem pressões.

Era quase meio dia, levantei-me e fui embora. Em minha cabeça um pensamento era latente, ela era forte e determinada.

Cada dia, uma nova chance, um novo começo. Assim como aquela pedra, todos os dias nos deparamos com ondas que insistem em nos jogar para caminhos diferentes, sejam pessoas, sejam lugares, sejam objetivos. Temos que buscar forças para nos firmar, e a cada nova onda, uma nova chance de superar obstáculos.

Um comentário:

Área Cultural disse...

muito bom o texto Vítor :) adoreii

beijos